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Observadas há quase 200 anos

A jararaca do continente (Bothrops jararaca) foi descrita cientificamente há quase 200 anos. Muitas pesquisas sobre o seu veneno foram feitas ao longo século passado e continuam sendo realizadas até hoje. 

 

Já os estudos detalhados sobre a sua história natural se iniciaram no final dos anos 1980 pelo pesquisador Ivan Sazima, da Universidade Estadual de Campinas.


 

Por meio da observação desse animal na natureza, o pesquisador caracterizou seus hábitos, descrevendo os habitats em que vive, sua dieta e aspectos de seu comportamento. Desde então esses trabalhos continuaram sendo conduzidos,  em conjunto com pesquisadores da Universidade de São Paulo e do Instituto Butantan, incluindo o autor
Otavio Marques e sua equipe.

 

Esses pesquisadores também estudaram animais preservados em álcool em coleções científicas. Dissecando jararacas mortas foi possível detalhar melhor os seus hábitos alimentares e a sua reprodução. Em função dessas pesquisas podemos dizer que a ecologia dessa serpente é relativamente bem conhecida hoje, mas ainda há muito o que ser estudado!

 

Posteriormente, essa equipe de especialistas ampliou os estudos feitos com jararaca do continente para as jararacas que vivem nas ilhas litorâneas. Dessa forma, após várias expedições e muito trabalho de campo, eles caracterizaram em detalhes a história natural da jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) que vive na Ilha da Queimada Grande.

 

Eles constataram diferenças marcantes dessa espécie em relação à espécie do continente, sobretudo em seu habitat (ela vive mais frequentemente na vegetação) e seu hábito alimentar (ela come pássaros migratórios).  Nos últimos anos os pesquisadores  têm reconhecido novas espécies de jararacas em ilhas e seus hábitos também estão sendo estudados. 

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